Quando a minha filha sofre...

Acho que não há dor maior que a de ver a minha filha sofrer.

Pela 2a vez tive que ver a minha menina, linda, ser hospitalizada....

Na madrugada de 6a para sábado de Páscoa, perto da 1 da manhã, ela acordou com fortes dores de barriga. Gritava de forma assustadora e dizia que lhe doía…

Dei-lhe o santo Dafalgan, mas não passou... hora e meia depois continuava a gritar, desesperada com dores. Decidi pedir ajuda e liguei para as urgências pediátricas. Disseram-me para a levar ao HEL (Hospital Pediátrico de Lausanne).

Durante a consulta, a médica suspeitou de um problema intestinal do qual eu nunca ouvira falar: “Intussuscepção Intestinal”.

Se fosse confirmado, teriamos que seguir para cirurgia. Sendo assim, e como as dores não passavam, a médica decidiu manter a menina internada.

Às 4 da manhã subimos para o quarto onde ela iria passar a noite. Aos poucos, felizmente, e cansada de tanto chorar, ela lá conseguiu voltar a adormecer. As dores passaram, mas os médicos acharam por bem mantê-la em observação até que o intestino funcionasse.

Esperamos até perto das 5 e meia da tarde, quando finalmente... Habemmus Caca...

Fiquei com ela o tempo todo, claro... cansada, mas contente que podiamos vltar para casa.

O Domingo de Páscoa passou-se bem. Muito cuidado com a alimentação, mas sem grandes sequelas do dia anterior.

Na 2ª de manhã, perto das 5.00 horas, ela acorda de novo aos gritos, e com fortes dores de barriga. Desta vez, e seguindo as indicações da médica das urgências, fomos imediatamente para o HEL. Depois de vários exames, a médica (por sorte a mesma que nos atendeu na madrugada anterior), chegou à conclusão que se trata de uma forte obstipação no alto intestino.

Tiveram que fazer uma lavagem intestinal à miuda... Ah Orgulho da mamã que, apesar das dores e desconforto evidentes, se portou como uma guerreira e nem se mexeu durante todo o tratamento. Fiquei com o meu coração apertadinho ap vê-la chorar, assim sem se mexer.

Depois de nova espera, o intestino funcionou e voltámos para casa. Em tratamento durante 2 ou 3 semanas, mas com o aviso de que, caso se repitam as dores, teremos que voltar novamente ao hospital para garantir que não é o tal problema que se pensou de inicio...

Senti-me impotente ao ver a minha filha chorar com dores... ela que nem é uma criança chorona...

Senti-me agradecida pelo tratamento, sempre fantástico, que tivemos no HEL...

Senti-me ainda mais agradecida por ser um problema passageiro, e de a minha filha não ser um dos casos que o HEL acolhe, em que a criança precisa de cuidados constantes e vitais...

Agradecida por ter sido menos grave que, há precisamente, um ano, em que ela ficou internada alguns dias...